janeiro 06, 2007

TLBES

O assunto referente à Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário (TLBES) já está suficientemente dissecado pelos seus defensores e opositores. Se numa discussão há aspectos que devem ser reconhecidos como positivos e negativos, decerto que sobre esta temática há argumentos que ultrapassam o mero domínio da Linguísitca, não só pelo contexto escolar a que se aplica - do 1º ao 12º anos - mas sobretudo pela qualidade das aprendizagens.
A entrevista (PúBLICO, 6 de Janeiro) do Director da Direcção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular nada esclarece, pois se, por um lado, diz que há alterações a fazer, e "isso não impede que a experiência continue", por outro, garante que "suspendemos a sua generalização. Não valia a pena impor um instrumento com o qual as pessoas não sabiam trabalhar".
A confusão aumemta quando o entrevistado apresenta a TLBES como um instrumento "que pode ajudar a combater o insucesso", anunciado que a sua aceitação depende de um teste prático. Mas qual?
"Saber se os alunos que aprenderam com a terminologia têm melhores resultados a Português" nos exames do 9º e 12º anos.
Não havendo perguntas sobre a TLBES nos referidos exames, o entrevistado espera que os resultados melhorem pelo simples contacto dos alunos com tal terminologia, ainda que reconheça que a mesma pode ser "um corpo estranho nas escolas".
A 2ª parte desta entrevista prevê-se para Julho deste ano e os resultados do teste prático serão fáceis de adivinhar.