(In “Projeto Imagens do Povo – Observatório de Favelas”, 2005)
julho 31, 2006
Até Quando (II)
(In “Projeto Imagens do Povo – Observatório de Favelas”, 2005)
julho 30, 2006
Até Quando (I)
No preto e branco das fotos, observam-se testemunhos da alegria, da dor e da graça da vida e reconhecem-se seres plenos, que amam, choram, lutam, brincam e que têm muito a dizer-nos sobre si e sobre o mundo. Através delas, naturaliza-se a acção da polícia, banaliza-se a violência e afirma-se o quotidiano, nas suas múltiplas vivências, dos deserdados de uma sociedade cada vez mais desigual.
julho 29, 2006
O silêncio do 1º ciclo
julho 28, 2006
julho 27, 2006
O círculo vicioso
(Preâmbulo do Decreto nº 2 de 22 de Dezembro de 1894)
julho 26, 2006
Numa escola...
(Bernardino Machado, A universidade e a nação, 1904)
julho 25, 2006
Avaliação aferida
Decretada em 1992, a avaliação aferida foi somente aplicada, e timidamente, em 2000, sempre na dúvida se deve ser realizada por todos os alunos ou por uma amostra. Enquanto instrumento de regulação das aprendizagens, a avaliação aferida pode, neste momento, ser realizada pelas escolas, não sendo necessária a sua centralização nos gabinetes do ministério.
Se o que está em causa é verificar o grau de cumprimento dos objectivos curriculares de cada um dos ciclos do ensino básico por que motivo se aplica a avaliação aferida a todos os alunos?
Facilmente, e mais ainda de acordo com perspectivas políticas diferentes, os resultados da avaliação podem servir, e distorcidamente, para avaliar os professores e as escolas, deixando de ser um elemento válido para regular as mudanças curriculares. Não quero com isto dizer que a avaliação aferida não seja fundamental, apenas reconhecer que a sua aplicação deve ser inserida num quadro global de reestruturação do currículo.
julho 24, 2006
A eterna culpa dos professores
Ao associar os professores, como se eles fossem os únicos responsáveis, aos resultados escolares, o Ministério da Educação pretende desenhar o rosto de quem poderá ser um dos culpados por aquilo que tem acontecido estruturalmente no sistema educativo português.
É certo que os professores, e diversos estudos falam em 25%, estão ligados ao sucesso dos alunos, não só pela sua formação e motivação, bem como pelo modo como organizam as situações de aprendizagem.
A organização da escola, os alunos e seus contextos e as políticas educativas e curriculares são outros factores preponderantes, não podendo ser esquecida esta máxima dos estudos avaliativos: o insucesso dos alunos é uma categoria intrínseca à escola.
Por isso, quem começará a exigir responsabilidades pela forma como as escolas portuguesas estão a funcionar?
julho 23, 2006
julho 22, 2006
A escola como organização
A desideologização da educação está em curso, cada vez mais dominada por um paradigma técnico-racionalista, ancorado na economia do conhecimento. As políticas de educação e formação da União Europeia, tanto para o ensino superior quanto para os ensinos básico e secundário, convergem no sentido de transformar o debate educacional em questões meramente técnicas. Discute-se, hoje em dia, a escola como se de um produto se tratasse, mais comparável a uma organização fabril do que a uma instituição pública.
O lema da escola como organização pressupõe diferentes vertentes, mas a que prevalece nos responsáveis do Ministério da Educação, em Portugal, está ancorada nos resultados e na funcionarização dos professores. A escola tem de ser produtiva e se o não é, a culpa é dos professores, nunca das políticas oriundas da Administração central.
Uma forma estranha de olhar para a escola pública, acreditando-se que o Estado nunca se engana e que as suas políticas são sempre perfeitas.
julho 21, 2006
Processo de Bolonha
Na conferência de Bergen, os ministros do ensino superior fazem o balanço da implementação do Processo de Bolonha, admitindo atrasos em muitos países, mas também reconhecem os avanços realizados nos dois primeiros ciclos, cuja organização curricular dos cursos deve estar orientada para a empregabilidade.
Sobre o doutoramento, os ministros da União Europeia prevêem que em 2007, em Londres, serão debatidas algumas questões estruturantes, admitindo para já as seguintes: duração (de 3 a 4 anos); programas interdisciplinares; admissão de jovens investigadores; transferência de competências.
julho 20, 2006
julho 19, 2006
Exames do ensino secundário
É sintomático que, pautado pela obsessão objectiva, o GAVE privilegie a escolha múltipla, opte por enunciados muito extensos e transforme uma prova de avaliação num lençol de dúvidas e de artimanhas. Mais perplexidade se verifica quando as respostas dos alunos a um exame nacional não exige o conhecimento objectivo dos conteúdos aprendidos ao longo do ano.
Veja-se, por exemplo, o número excessivo de páginas do exame nacional do 9º ano a Língua Portuguesa.