julho 30, 2006

Até Quando (I)

Para lá de Copacabana, Ipanema, Pão de Açúcar, Corcovado, e de tantos outros locais de uma cidade tecida em beleza, do Rio de Janeiro folheio um álbum de fotos, no contexto do “Projeto Imagens do Povo – Observatório de Favelas”, assim endereçado por uma amiga brasileira: “a poesia da Maré em seus múltiplos desejos retratada em fotos e poemas”.
No preto e branco das fotos, observam-se testemunhos da alegria, da dor e da graça da vida e reconhecem-se seres plenos, que amam, choram, lutam, brincam e que têm muito a dizer-nos sobre si e sobre o mundo. Através delas, naturaliza-se a acção da polícia, banaliza-se a violência e afirma-se o quotidiano, nas suas múltiplas vivências, dos deserdados de uma sociedade cada vez mais desigual.