julho 31, 2006

Até Quando (II)

“Nos dias atuais, em um lugar chamado Brasil, a sensação de insegurança tornou-se a tónica do cotidiano, seja no campo ou na cidade. Cada vez mais, o temor de ser atingido pela violência domina a vida, e, diante disso, muitos de nós alteramos itinerários; evitamos sair à noite; colocamos grades e alarmes em nossas casas; almejamos blindar os automóveis ou nos mudarmos para territórios fechados ou cidades menores, na busca, muitas vezes ilusória, de segurança; enfim, mudamos nossos hábitos e o sentido da vida cotidiana. São estratégias pessoais de sobrevivência, na ânsia de sobreviver em um mundo percebido como a antítese da dignidade e solidariedade humana”.

(In “Projeto Imagens do Povo – Observatório de Favelas”, 2005)