“Numa, o chefe talha a tarefa, na outra, o mestre marca a lição. Numa, impõe-se o modelo, o padrão; na outra, o texto. Numa e noutra, operário e aluno, estão, a cada momento, submetidos à pressão de uma regra uniforme, que aperta, tortura e esmaga, com rigidez de ferro, a variedade fecunda dos livres movimentos e aptidões das suas faculdades.
Na oficina, a repetição, a repetição invariável do mesmo trabalho, que hipnotiza e amputa o espírito. Na escola, uma prolixidade, uma pulverização de cada programa que pouca diferença faz da repetição hipnotizante do mesmo estudo”.
(Bernardino Machado, A universidade e a nação, 1904)