Ainda que não seja vinculativo, o Sim ganhou de forma significativa (59,25% contra 40,75%) no referendo, não participado por 56,39% dos eleitores portugueses. Deste modo, a Assembleia da República tem legitimidade acrescida para mudar o artigo do código penal no sentido da despenalização do aborto até às dez primeiras semanas.
Olhando-se geograficamente para os resultados, constata-se a existência de um país claramente fracturado entre Norte e Sul, com alguns distritos do Centro a inclinarem-se para o Sim.
Braga - tanto o concelho (52,02%) quanto o distrito (58,80%) - votou pelo Não e o distrito de Viana do Castelo também votou Não (54,14%), com excepção de Caminha.
Em Paredes de Coura, o Não (58,59%) ganhou ao Sim (41,41%), com uma abstenção elevadíssima (70,50%).
Ao nível dos resultados das freguesias, o Sim ganhou somente em Paredes de Coura (57,76%), Cossourado (52,27%), Formariz (51,03%)e Rubiães (50,93%).
Os políticos têm agora a acção legislativa, não sendo necessárias mais palavras.