fevereiro 10, 2007

"Desestatização"

“O Governo limita vínculo à função pública a defesa, segurança, diplomacia e justiça”

Porque a maioria parlamentar aprovará esta alteração, a educação não fará parte da nuclearização das funções do Estado, podendo os professores deixar de ter um vínculo profissional tal como hoje em dia têm, aliás como já foi recomendado, na “sabedoria” dos peritos da OCDE, para o ensino superior. Se a sociedade portuguesa caminha a passos largos para a “desestatização”, com a particularidade dessa agenda ter o selo do PS, quando seria normal que fosse um partido de direita (razão porque o PSD está tão caladinho) a estampá-lo, a educação começará necessariamente a ser questionada.
Se é certo, pela força da constituição, que o Estado “não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas”, também é certo que o Estado pode não ter argumentos para definir o que é que os alunos, ao nível do currículo nacional, devem aprender na escola.
Acredita-se, e pena é que mais uma vez o PS desempenhe esse papel, que o mercado funciona melhor que o Estado. E pergunto: estas medidas constavam do programa apresentado pelo PS e por Sócrates? Se sim, estávamos completamente distraídos, se não, alguém nos engana.