Paredes de Coura tem sido, nos últimos dias, notícia não pelo festival, como é costume, mas pela decisão dos professores do Agrupamento de escolas.
Uma coisa é o bairrismo com que estas questões são abordadas, e outra coisa é a interpretação estrita da lei, e sobretudo do que se pode entender por autonomia da escola. Invoca-se quando convém e despreza-se quando não interessa.
A este respeito, e para saber quem tem razão, leia-se calma e friamente o Decreto-Lei n. 75/2008 e procure-se saber o que é realmente um plano anual de actividades. Um projecto e tão-só!
Depois, e se a calma ainda persistir, e se as competências dos órgãos forem realmente respeitadas, por todos, incluindo pelo Ministério da Educação, bem com pela Associação de Pais, tente-se saber o que são actividades lectivas e de que modo tais actividades são diferentes das actividades de complemento curricular.
É fácil, basta bom-senso.
Apetece dizer: é Carnaval ninguém leva a mal... mas a questão é suficientemente reveladora dos caminhos tortuosos da autonomia das escolas.