Neste imenso parlatório que é a educação, e sobretudo a escola, todos falam e todos querem ter razão. Não há mais nada que divida tanto as pessoas, como se cada um de nós tivesse a solução miraculosa para o que deve ser feito.
A propósito dos exames, e dos seus resultados, da avaliação dos professores, do estatuto dos alunos, das imagens do YouTube, com as cenas pouco dignificantes de uma sala de aula portuguesa, enfim, a propósito de tudo o mais que uma escola pode albergar, escrevem-se rios de tinto, fazem-se programas televisivos e regressam os iluminados de sempre: os que pensam que o problema da escola reside nos teóricos da educação, naqueles que mais têm investigado os problemas educacionais e naqueles que jamais tiveram a responsabilidade máxima de um ministério da educação.
Os discursos, com a pretensão de seram politicamente correctos, contra a educação e seus profissionais não são mais do que discursos vazios, que se esgotam em ideias e palavras sem sentido, como se a escola dos dias de hoje pudesse ser comparada à escola de ontem, esta elitista, aquela democrática.
Por mais argumentos que se esbocem, há, pelo menos, uma dura realidade que não pode ser colocada de lado: a escola desta década e deste século é uma escola de massas, a sua frequência é um imperativo social e não um desejo privado.
Um exercício simples: quem decide em educação? Não são, decerto, os que investigam e produzem conhecimento em educação, mas os que trazem para a educação os seus modos de olhar os problemas, como se a sociologia, a engenharia e a economia, a matemática, a título de exemplo, fossem os únicos quadros teóricos para responder de forma adequada às questões com que a escola se debate.
Já que não se calam, e já que dispõem de tanto espaço nos media, por que não pô-los a governar?
A propósito dos exames, e dos seus resultados, da avaliação dos professores, do estatuto dos alunos, das imagens do YouTube, com as cenas pouco dignificantes de uma sala de aula portuguesa, enfim, a propósito de tudo o mais que uma escola pode albergar, escrevem-se rios de tinto, fazem-se programas televisivos e regressam os iluminados de sempre: os que pensam que o problema da escola reside nos teóricos da educação, naqueles que mais têm investigado os problemas educacionais e naqueles que jamais tiveram a responsabilidade máxima de um ministério da educação.
Os discursos, com a pretensão de seram politicamente correctos, contra a educação e seus profissionais não são mais do que discursos vazios, que se esgotam em ideias e palavras sem sentido, como se a escola dos dias de hoje pudesse ser comparada à escola de ontem, esta elitista, aquela democrática.
Por mais argumentos que se esbocem, há, pelo menos, uma dura realidade que não pode ser colocada de lado: a escola desta década e deste século é uma escola de massas, a sua frequência é um imperativo social e não um desejo privado.
Um exercício simples: quem decide em educação? Não são, decerto, os que investigam e produzem conhecimento em educação, mas os que trazem para a educação os seus modos de olhar os problemas, como se a sociologia, a engenharia e a economia, a matemática, a título de exemplo, fossem os únicos quadros teóricos para responder de forma adequada às questões com que a escola se debate.
Já que não se calam, e já que dispõem de tanto espaço nos media, por que não pô-los a governar?