No seguimento da aprovação pelas Assembleias Municipais dos cinco concelhos do Alto-Minho, a Assembleia da Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho, em reunião realizada na segunda semana de Março, aprovou a constituição de um empresa para a instalação e exploração da rede comunitária, ou seja, da rede de fibra óptica.
A rede digital permitirá que os courenses tenham acesso a uma série de serviços, de que os utentes de certas urbes já beneficiam, através do que é designado por cabo, incluindo televisão, telefone e Internet.
Não restam dúvidas que esta auto-estrada é da maior importância para o concelho de Paredes de Coura, mais ainda quando o mesmo sofre, de forma tão crónica, não só de uma doença territorial, conhecida, mais vulgarmente, pelo nome de interioridade.
Mesmo assim, e lembra-se que o capital social da referida empresa é misto, 49% privado e 51% público, embora o investimento seja mais privado (55%) que público (45%), o PSD local optou pela dúvida, pelo questionamento fútil e pelo cacarejar político.
Olhando para o que se passou na Câmara com os vereadores, que se abstiveram na votação, observa-se que a oposição não consegue estar do lado certo em momentos que são fundamentais para o concelho.
Mas alguma vez um presidente de Câmara poderia rejeitar esta grande oportunidade, politicamente concertada no plano das actividades da Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho?
É evidente que não. Todos os presidentes dos dez concelhos do Alto-Minho, porque a Comunidade Intermunicipal do Vale do Lima também enveredou por idêntica iniciativa, optaram pela auto-estrada digital e decidiram investir em algo que pode fazer a diferença para que a interioridade de que sofrem não seja também a dos info-excluídos.