Com base nos resultados dos exames nacionais (do 9º e 12º anos de escolaridade), os meios de comunicação social têm apresentado a lista seriadas de escolas (rankings). Trata-se de uma mera listagem de resultados e tudo o resto se pode inferir, como o têm feito muitos "opinions makers", sobre o modo de ser das escolas públicas e privadas.
Aceitando-se que são subsistemas diferentes, essencialmente marcados pela lógica do serviço público e pela lógica de mercado, respectivamente, aceitando-se que o currículo nacional é o mesmo, aceitando-se ainda que os professores têm idêntica formação, por que razão se insiste em comparar o que é obviamente diferente?
A diferença está nos alunos e seus contextos. Faça-se a experiência: mudem-se os alunos da primeira e última escolas, mudem-se os seus contextos e depois avaliem-se os resultados.
A mais-valia de uma escola privada está no seu poder de captar alunos e de seleccioná-los.
A pergunta incómoda: quantos alunos de escolas públicas podem frequentar as escolas privadas que os rankings colocam nos primeiros lugares?