Num estado democrático, ainda é possível instaurar inquéritos disciplinares porque um professor falou sobre o primeiro-ministro e, possivelmente, da sua licenciatura. Numa sociedade plural, discordar dos outros, colocar no diálogo assuntos "politicamente proibidos", para certas pessoas "hierarquicamente" investidas de funções e competências, ainda é um acto de desrespeito. Em vez de processos disciplinares, de comunicados, como o do dia 23 de Maio, da DREN, não seria melhor que os responsáveis pelas estruturas desconcentradas do Ministério da Educação se preocupassem com os problemas pedagógicos e curriculares da escola portuguesa?