julho 19, 2008

Mais alterações

Mais alterações pontuais, quase sempre pontuais nos últimos anos, são anunciadas pelo ministério da educação para o ensino básico.
Os resultados justificam os meios, pelo menos na concepção de muitos governantes.
Daí que, em vez de proceder a uma análise profunda do problema que está na base do insucesso dos alunos ( mas isso levará tempo a dar frutos!), a decisão, politicamente justificada pela sobrevivência a curto prazo, consiste em remendar, tal como revela o despacho do ministério da educação .
E de remendo em remendo vai a educação deste país chamado Portugal...

julho 09, 2008

Exames

Os resultados dos exames (1ª fase) no ensino secundário são francamente melhores, de acordo com informação do Ministério da Educação, com excepção do Português.
Que leituras possíveis?
O aumento do tempo para a realização das provas tem incidência nos resultados finais.
Os professores dedicam-se mais à escola.
Os alunos estudam mais.
Os pais apoiam mais os seus educandos.

Tudo isto é possível que tenha influência. No entanto, só um estudo mais profundo, tendo em conta todos estes factores, mas sobretudo a estrutura do exame e sua articulação com os conteúdos leccionados e níveis de exigência, é que pode concluir sobre o que realmente se passou neste ano lectivo.
Por exemplo, a Português é muito mais difícil melhorar os resultados porque as dificuldades do domínio de uma língua são bem profundas.
Não se resolvem com aspectos meramente técnicos.

julho 04, 2008

Pobreza

Ainda passeando pelas ruas centrais de Vancouver, talvez a Robson street seja a mais conhecida e referenciada nos prospectos turísticos, vou registando os pequenos momentos de uma tarde despreocupada e agradável.
Para além das pessoas, embora tenha a sensação de estar a 30% num país asiático, vou reparando nos anúncios publicitários e registando o tipo de comércio que uma rua movimentada pode oferecer.
De repente, deparo-me com placard, bem situado na esquina de duas ruas, que me chama a atenção pela beleza da fotografia, talvez retirada da região de British Columbia. Mas imediatamente começo a ler a frase, que aqui traduzo: "A pobreza não deveria ser uma sentença de vida".
Pois é, não deveria existir uma prisão perpétua para os que estão na pobreza.
E nenhum estudo nos diz isso.
E também nenhum político tem tempo para pensar nisso.