março 15, 2009

Passado, presente e futuro...

Ainda em tempos de crise económica, cada dia que passa torna-se não só mais grave, bem como se mundializa, há lugar à profecia, como se todos fossemos filhos de Nostradamus.
Que as coisas ainda vão piorar mais, que talvez para finais de 2010 comece a recuperação, que nada será como dantes, que o mercado vai aprender a lição, que o Estado se reforçará... são algumas das vidências, sempre mais graves quando proferidas por economistas ou quando alinhadas à esquerda e direita das opções políticas.
Mais do que o passado, ou o futuro, interessa o presente, com os seus problemas e o seus dramas, deixando de fazer sentido a ideia peregrina que no futuro tudo vai mudar. E neste tempo de conflitos, de tristezas sociais bem profundas, de braços caídos para muita gente, não é moralizador olhar para o que virá, sabendo-se que os sistemas económicos têm tempos de vida como os simples mortais.
Talvez esta frase, de William Faulkner, nos ajude a relativizar este nosso atribulado presente: "O passado não morreu. De facto, o passado nem sequer é passado".