dezembro 30, 2009

Timor (VII)


O dinheiro-em-uso em Timor é o dólar americano. Existem bancos estrangeiros, e um deles é a Caixa Geral de Depósitos (CGD). Incompreensivelmente, um utente da CGD não pode levantar dinheiro nas máquinas, a não ser que abra uma conta na CGD de Timor Leste. Por isso, a única alternativa, e lamentavelmente, revelando o péssimo serviço da CGD, a que se associam longas filas de espera, está num banco australiano (o ANZ), onde é possível levantar dinheiro com todo o tipo de cartões usados em Portugal. A CGD bem poderia fazer mais um pouco pelos portugueses em Timor Leste!


dezembro 28, 2009

Timor (VI)


Marcas da religosidade timorense: Cristo-Rei dominando a baía de Timor.

Timor (V)


Marcas da religiosidade timorense

Timor (IV)


Marcas da reliogisisidade timorense

Timor (III)


A religiosidade de Timor é um dos seus aspectos mais fortes. Apesar de serem três as religiões, a Católica ganha nitidamente terreno à muçulmana e à protestante. Por todos os lados de Dilí se encontram essas marcas.

dezembro 27, 2009

Timor (II)


Timor (I)


Timor é um país próximo-distante para os portugueses. Próximo na afectividade e distante no mapa. Cada português está ligado a Timor, principalmente pelos acontecimentos vividos depois da descolonização, pela ocupação pela Indonésia e pela formação como Estado independente, em 2002. As imagens reflectem a realidade de um pouco de Timor em Novembro e Dezembro de 2009.

dezembro 19, 2009

João Pessoa (pormenores)


João Pessoa (pormenores)


Para quem sai da área urbana de João Pessoa e percorrem as prais do Norte, de preferência de "bugue", passa por locais muito pitorescos.

O título desta imagem poderia ser: "Restaurante de galinheiro".

dezembro 13, 2009

Ruas de João Pessoa (V)


Ruas de João Pessoa (IV)



Ruas de João Pessoa (III)


Ruas de João Pessoa (II)


Ruas de João Pessoa (I)


O centro histórico de João Pessoa é uma roda viva de pessoas e carros, não dispondo de muito espaço para se poder olhar demoradamente a beleza do quotidiano das coisas.

dezembro 11, 2009

Casas de árvores (IV)


Casas de árvores (III)


Casas de árvores (II)


Casas de árvores


Percorrer muitas ruas de cidades históricas pode significar encontrar de tudo, mais ainda quando pela ruas circula gente e mais gente, como é o caso de João Pessoa, na Paraíb
Dos tempos idos, restam memórias. As casas são um bom exemplo, mesmo que agora tenham as árvores por inquilinos.

novembro 14, 2009

João Pessoa (IX)

Caju

João Pessoa (VIII)


Praias a peder de vista...

João Pessoa (VII)

or
O trabalho do mar, à procura do melhor da rede de pesca.

novembro 12, 2009

João Pessoa (VI)


João Pessoa (V)


Um dos locais mais visitados de João Pessoa é o pôr-do-sol de Jacararé.

Para além da beleza do sol que se esconde sobre as águas do rio e por trás da mata, é possível ouvir o Bolero, de Ravel, muito bem encenado.

novembro 10, 2009

João Pessoa (IV)


João Pessoa é uma cidade jovem com este nome, embora a sua fundação, pelos portugueses, remonte a 1585, com o nome Nossa Senhora das Neves.
A jóia do partimónio arquitectónico brasileiro, de raízes portuguesas, é o Convento de S. Francisco.
A sua visita, e não se perca a ida à Igreja da Misericórdia, à Igreja do Carmo e à Sé (ainda que fechada), passando-se pelo Convento de S. Bento, é imperdível. É nestes momentos que admitimos a grandiosidade de Portugal e nos fascinamos pelo legado cultural que os nossos antepassados deixaram à Humanidade.
Um dos pontos de maior interesse é a figura, esculpida em madeira e banhada a ouro, de Santo António, sempre venerado, principalmente pelos solteiros. A fama de casamenteiro espalhou-se por todo o império, se bem que as brasileiras não precisem muito dessa benção.

João Pessoa (III)


novembro 09, 2009

João Pessoa (II)


João Pessoa


Encontrando-me em João Pessoa por alguns dias, sempre quentes no clina e sempre deslumbrantes na paisagem, deixo aqui algumas fotografias. Serão duas por cada dia que passa.

novembro 07, 2009

novembro 06, 2009

novembro 02, 2009

Coisas do futebol!


O que é o futebol que não seja mais do que interesses?
Foi com um interesse dividido que assiti ao último Braga-Benfica. Estava dividido, não no vermelho dos emblemas, mas no resultado final, que gostaria que tivesse sido o que não foi. O empate teria sido muito bom. Ficaria duplamente satisfeito.
No entanto, a sorte assim não quis. Outros chaman-lhe trabaho, estratégia, táctica, não sei que mais.
Apenas sei que o Benfica perdeu 2-0 e que o Braga ganhou 2-0. Tudo muito simples e para o ano há mais!


outubro 22, 2009

Uma aventura...

Uma aventura em... é o título de um próximo livro, a ser escrito por Isabel Alçada, a nova ministra da Educação.
A autora ainda não sabe muito bem como será esta aventura, nem tão pouco quando começará a escrevê-la, limitando-se, por agora, a registar algumas ideias soltas.
Quem pode escrever, desde já, uma aventura é Augusto Santos Silva.
Já tem um guião do livro sobre o que se foi como ministro nos territórios políticos da educação, da cultura e dos assuntos parlamentares, aguardando, pacificamente, o que fará como ministro da defesa.

outubro 20, 2009

Vigilância activa e crítica

Com as primeiras e demoradas chuvas do inverno chega a acalmia às hostes partidárias.
Sendo difícil de conjugar o verbo perder em eleições, pois todos dizem que ganharam, é tempo de cumprir o que se prometeu.
A nível europeu, já não sei bem o que prometeram; a nível nacional, disseram que iriam levar este país para a frente, em diálogo e sem quezílias, aproximando-nos dos países da frente; a nível autárquico prometeram muito, muitísimmo mesmo.
Como eleitores que somos, apenas nos resta manter a vingilância, possivelmente uma vigilância activa e crítica, de modo que não andemos para trás e que os problemas dos nossos concelhos sejam resolvidos.

outubro 12, 2009

Ler os resultados

O povo vota e todos ganham. A democracia. Os partidos e todos os que participam.
Nas eleições autárquicas ningúem assume a derrota.
Os resultados locais têm uma leitura nacional diferente ao nível das cúpulas partidárias. Uns ganham por isto e outros por aquilo. Perante esta confusão na leitura dos resultados, o melhor é virar-nos para a nossa terra. Por exemplo, em Paredes de Coura, há um claro vencedor: o PS. Há, de igual modo, um claro perdedor: o PSD. Há, ainda, uma semi-vitória, a da CDU.
O PS melhorou, não há dúvidas.
Perdeu duas freguesias e ganhou outras duas.
Subiu 4% nos votos para a Câmara e 2% nos da Assembleia Municipal.
O PSD aumentou o fosso para o PS: 1258 separam os dois partidos nas contas eleitorais da Câmara.
Ganhou duas freguesias e perdeu duas.
Desceu 5% nos votos para a Câmara e 4,5% nos da Assembleia Municipal.
A CDU subiu 100 votos insignificantes, porque não lhe dá qualquer vereador, para a Câmara e subiu 312 votos na Assembleia, votação que lhe confere o segundo deputado municipal. E à custa do PSD.
Perante estes resultados, que leituras?

setembro 28, 2009

Eleições autárquicas

Como se fosse um carrossel em andamento acelerado, as eleições lá vão animando a malta.
Foram as europeias e as legislativas e eis que já estamos nas autárquicas.
Se as primeiras foram a do rosto ausente e se as segundas consistiram no debate entre cinco figuras principais, as autárquicas são as das nomes que conhecemos muito bem, e a quem tratamos por tu.
Porém, por trás de cada cara, que nos inspira confiança, há, ou deveria haver, um programa, há, ou deveria haver, ideias que podem fazer a diferença.
Para isso, não basta olhar para os cartazes e pegar nos papéis que são distribuídos, sendo preciso que se escutem os candidadatos e se compare o que nos têm a dizer.
As eleições autárquicas parecem-se com a placa, numa passagem de nível, que poderia dizer
"Leia, escute e vote".

setembro 19, 2009

Sondagens

Embora distante, por terras de Moçambique, na descoberta de uma outra realidade, tenho acompanhado a campanha eleitoral para as legislativas, pois as autárquicas podem esperar, encontrando-se quase congeladas.
Depois do debate televisivo entre José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, o PS entrou no caminho da vitória. Somente Marcelo Rebelo de Sousa não vê, ou não quer ver, este sentido de mudança.

As sondagens deste fim de semana comprovam este caminho e indicam que o PS corre mais veloz que o PSD, levando alguns metros de avanço (seis metros se seguirmos a mais credível, a da Universidade Católica).

Recuperando do fraco resultados das europeias, o PS segue o percurso eleitoral numa carruagem de TGV, enquanto o PSD dá passos de caracol, numa composição antiga, talvez a carvão, com medo de chegar a Espanha, ou que os espanhóis cheguem a Portugal.

O tempos das escaramuças fronteiriças entre portugueses e espanhóis já lá vai, e quem se recusa a entender estes dois povos como parte de um todo europeu está a recuar penosa e saudosamente no tempo.

Não admira, por isso, que as sondagens premeiem quem olha para a frente e punam quem persiste em olhar para trás.

agosto 25, 2009

Eleições

Estamos em pré-campanha eleitoral. Tanto para as legislativas como para as autárquicas.
Muitos milhões de euros serão gastos para tentar convencer os portugueses a optarem por este ou por aquele, mais ainda quando cada voto vale dinheiro para os partidos.
Mais do que o dinheiro, fundamental para a organização das máquinas partidárias, são as ideias que valem.
Os programas estão a ser apresentados, como que a conta-gotas, mas rapidamente perdem o seu interesse , já que o que mais conta é a empatia com os candidatos.
Os programas são meramemte formais em termos de letra impressa, não sendo muito decisivos no momento de votar.
Mesmo assim é interessante ler os programas, sobretudo se for para ler o que não está impresso e se for para entender o que não é dito.

agosto 04, 2009

Tempo de férias

Praia, Cabo-Verde,2009
Boas férias, independentemente das cadeiras!

junho 24, 2009

Aprender a pensar

Aprender a pensar através da Filosofia é uma experiência que professores de muitas escolas desenvolvem com crianças e jovens, muito antes das exigências curriculares.
Numa escola, algures no Norte do país, a notícia é esclarecedora!

junho 15, 2009

Eleições "euro-portuguesas"

A 7 de Junho de 2009 decorreram, em território português, e nos consulados espalhados pelo mundo fora, as eleições para o Parlamento Europeu, melhor dito: as eleições europeias.
Porém, só de nome, já que os temas europeus estiveram totalmente ausentes. Há quem lhe tenha chamado as preliminares das eleições legislativas.
Com tanta ausência da Europa, em que o que predominou foi o lacrimejar nacional, a abstenção andou na ordem dos sessenta e tal por cento, e os votos brancos e nulos teriam sido suficientes para eleger 2 (DOIS) deputados.
Depois dos resultados, depois das análises dos opinion makers, o que resta?
Em primeiro lugar, os cartazes perdidos em cada esquina. Se os lermos atentamente, apenas 1 acertou nos resultados. Refiro-me ao do PS: "O PS combate a crise os outros partidos combatem o PS".
De facto, todos os partidos foram buscar votos ao PS e todos o combateram, duramente.
Em segundo lugar, muita incerteza. Para os lados do Rato, seguir o rumo traçado tem de significar muito mais, sendo necessário mudar rostos e ouvir o que a rua tem a dizer.
Em terceiro lugar, algumas certezas. As próximas eleições legislativas serão essenciais para discutir a governabilidade do País, as mensagens serão diferentes e os actores serão outros.
Mesmo assim, é preciso ter humildade para ler estes resultados, sendo certo que o povo português sempre tem sabido votar.
Outras leituras apenas levarão a mais um naufrágio!

maio 30, 2009

maio 26, 2009

Europeização

Começou a campanha para as eleições europeias, a realizar no próximo dia 7 de Junho.
O que preocupa os políticos, sendo mais audível a voz do Presidente da República, é a abstenção. Bem, tudo dependerá da meteorologia, não sendo de esperar uma grande afluência se o tempo estiver convidativo.
E o que preocupa mais os eleitores?
Acima de tudo, Portugal, nada mais!
Tendo a União Europeia sofrido um processo de naturalização, sendo poucos os que a colocam em causa, pelo que se torna num assunto banal, é de esperar que nos voltemos para os nossos problemas, mesmo sabendo que a maioria desses problemas têm uma origem europeia.
Por isso, a europeização das eleições para o Parlamento significa a não discussão da Europa e a insistência nas questões caseiras, sempre mais fáceis de compreender.
Aparentemente, são as questões nacionais que podem render mais uns votitos, mesmo que sejam pouquitos.

maio 18, 2009

Assim se "domesticam" os professores

Mais um momento mau para a desprofissionalizaçao da classe docente.

Tal como no ano anterior, muitos professores, hoje e na próxima quarta, tornam-se em autómatos de um organismo que lhes diz o que devem fazer. Meros aplicadores. Nada mais do que isso!

O GAVE, responsável pela avaliação externa (exames e provas aferidas) das aprendizagens dos alunos, elaborou o "Manual do aplicador" das provas aferidas, que reza assim, para lá de outras instruções que o professor... esqueçam ....O APLICADOR deve ler em voz alta na sala;

"Agora vou distribuir as provas. Deixem as provas com as capas para baixo, até que eu diga que as voltem (...)
Podem voltar as provas. Escrevam o vosso nome no espaço destinado ao nome. Atenção: não podem escrever o vosso nome em mais nenhum sítio da prova.
Querem perguntar alguma coisa?
Responda apenas aos pedidos de esclarecimento que dizem respeito ao preenchimento dos cabeçalho.
(...)
Acabou o tempo. Não podem escrever mais nada. Agora vão para o intervalo. Estejam à porta da sala às 11h e 2o minutos em ponto. Não se esqueçam. Podem sair.
(...) Ainda têm 15 minutos.
(...) Acabou o tempo. Não escrevam mais nada. Mantenham as provas em cima das mesas. Ponham a folha de rascunho dentro da prova.
(...) Mande sair os alunos, lendo em voz alta: Podem sair. Obrigado(a) pela vossa colaboração!"

maio 15, 2009

Derrubar fronteiras....

Do lado de cá (Alto Minho) e do lado de lá (Galiza) derrubaram-se
fronteiras e erigiu-se a UNIMIHO - Associação do Vale do Minho
Transfonteiriço, com a finalidade de reforçar a cooperação institucional,
a nível autárquico, no Vale do Minho.

maio 08, 2009

Com serenidade


Vivemos tempos que correm rapidamente, envoltos em incertezas, cheios de problemas sociais e demais desgraças humanas que os media nos anunciam diariamente.
Parece que não temos tempo para pensar com calma, tempo para olhar para os outros e tempo, ainda, para respeitar os outros.
Neste tempo de superindividualização não queremos dizer que os outros também contam.
Um pouco mais de profundidade humana, com mais solidariedade entre as pessoas, não seria totalmente descabido.

abril 06, 2009

CIM- Alto Minho

É o que se chama entrar com o pé esquerdo… assim aconteceu com o PSD, mais alguns elementos do CDS, dos concelhos do Alto Minho, na primeira reunião, depois da sua instalação em Dezembro de 2008, da Assembleia Intermunicipal do Minho-Lima (CIM-Alto Minho).

Animados, certamente, pelo clima político de contestação, e pensando que este órgão se tornará numa arena de pura luta política, os representantes do PSD e do CDS propuseram moções que em nada ajudam a criar a ideia de que o Alto Minho existe para lá do provincianismo político de uns tantos quantos eleitos localmente.

Sem pretender defender o pensamento único, pois já tivemos na história portuguesa exemplos demais, e sem querer que o modo de pensar das pessoas seja plano, mais ainda quando estamos numa região de montanhas e serras, penso que se equivocará quem pretender deixar de contribuir para a existência de uma só voz, numa pluralidade de tons, do Alto Minho.

Compreendo que uma moção contras as portagens na A/28 faça todo sentido, sobretudo quando a interioridade está muito presente, e não restam dúvidas que o Alto Minho vive numa interioridade profunda, mas não acredito que os considerandos, ditos oralmente, tenham de culpar os políticos de agora e desculpabilizar os de ontem.

E mais grave ainda quando quem o fez, tempos não muito longínquos, teve responsabilidades políticas no distrito.

A este propósito, e no rescaldo da votação, o presidente da CIM-Alto Minho ficou muito mal na fotografia ao exercer o voto de qualidade. E ficou pessimamente, e se existir alguma foto, tem de ser a preto e branco, não pela competência que tem, mas por não ter compreendido que a sua eleição só aconteceu a partir de um consenso criado entre os partidos, já que o PS dispunha de votos suficientes pare eleger alguém da sua área política.

A moção sobre o comboio de alta velocidade, rejeitada porque uma abstenção da área do PSD apareceu entre os apoiantes, é o que se chama “dar um tiro no próprio pé”.

Se há distrito favorecido com este meio de transporte, que terá uma paragem em Valença, para mercadorias, outra em Vigo, para passageiros, estando prevista uma outra em Ponte de Lima, é o de Viana do Castelo.

Não adianta dizer que somente o traçado esteve em causa, não serve o argumento que as populações não foram ouvidas, enfim não se aceita que haja alguém politicamente responsável que não queira que o TGV não desça do papel para a linha-férrea, oferecendo outras oportunidades e possibilidades a um distrito, já classificado como economicamente deprimido.

Mas todo o reboliço político da “período de antes da ordem do dia” termina quando começa o “período da ordem do dia”, não só pela robustez técnica dos documentos, bem como pelo consenso que é gerado entre os presidentes das câmaras municipais, que olham essencialmente para aquilo que os une e não para o que os divide.

março 29, 2009

Os melhores do mundo!

Quanto mais pequeno se é, maior se pretende ser, sem se olhar para a distância que separa a intenção da realidade.
Geograficamente pequeno, um país "picolino", como me dizia um emigrante brasileiro em Itália, Portugal tem feitos de um grande país.
A partir desta semana, temos o melhor parlamento do mundo, sim, é verdade, pelas palavras do presidente da Assembleia da República!
Já tínhamos o maior túnel do mundo, a maior saudade do mundo, a melhor sardinha do mundo, a melhor selecção do mundo!
Sim, no mundo somos os primeiros, mas somente quando somos nós a falar sobre nós. O problema é quando os outros falam sobre nós!
Parece que os portugueses gostam de espelhos e dos espelhos de uma Fada que só lhe dizem o que ela realmente diz ou quer ouvir!
Seria mais sensato que ocupássemos o lugar a que temos direito neste mundo de comparações, e sem complexos pudéssemos aceitar que podemos ser bons, mas os melhores do mundo, isso já é uma outra conversa.

março 15, 2009

Passado, presente e futuro...

Ainda em tempos de crise económica, cada dia que passa torna-se não só mais grave, bem como se mundializa, há lugar à profecia, como se todos fossemos filhos de Nostradamus.
Que as coisas ainda vão piorar mais, que talvez para finais de 2010 comece a recuperação, que nada será como dantes, que o mercado vai aprender a lição, que o Estado se reforçará... são algumas das vidências, sempre mais graves quando proferidas por economistas ou quando alinhadas à esquerda e direita das opções políticas.
Mais do que o passado, ou o futuro, interessa o presente, com os seus problemas e o seus dramas, deixando de fazer sentido a ideia peregrina que no futuro tudo vai mudar. E neste tempo de conflitos, de tristezas sociais bem profundas, de braços caídos para muita gente, não é moralizador olhar para o que virá, sabendo-se que os sistemas económicos têm tempos de vida como os simples mortais.
Talvez esta frase, de William Faulkner, nos ajude a relativizar este nosso atribulado presente: "O passado não morreu. De facto, o passado nem sequer é passado".



fevereiro 27, 2009

Contra-bando


De 27 de Fevereiro a 29 de Março, em vários concelhos do Alto Minho, decorrem vários espectáculos de teatro e dançam, apresentados no interior de casas de lavradores.
Em Paredes de Coura, o espectáculo tem lugar em Bico, no Lugar da Seara.
A chancela é das Comédias do Minho
A começar pela imagem...

fevereiro 20, 2009

Ainda sobre Paredes de Coura...

Entender o todo pelo particular é algo em que facilmente podemos cair se tentarmos compreender uma determinada situação pelas notícias dos media.
O imediato, o diferente, o sensacional fazem parte de uma boa notícia, hoje em dia, e tudo tem que ser dito em poucas palavras.
Foi o que se passou estes dias no Agrupamento de escolas de Paredes de Coura.

Para quem teve conhecimento do "conflito" pelo jornal ou televisão apenas ficou com uma visão particular, não sendo possível afirmar que a Associação de Pais, aliás com uma liderança forte e bem dialogante, tenha desempenhado um papel acusatório.
Para lá da legitimidade da decisão, e sinceramente entendi que se tratava da suspensão de duas ou três actividades relacionadas com os festejos do Carnaval, o Conselho Pedagógico é um espaço privilegiado da assunção da autonomia, mas em permanente diálogo com todos os outros elementos da comunidade escolar.
Segundo dados a que tive acesso, directamente fornecidos pela Associação de Pais , e que agradeço, tem existido por parte desta um total clima de diálogo e abertura para ultrapassar os problemas surgidos, sendo exigido a todos os restantes intervenientes a mesma postura.
É com diálogo que se faz a educação e é dentro da escola que está a solução para muitos dos seus problemas.

fevereiro 19, 2009

Bairrismo carnavalesco em Paredes de Coura.

Paredes de Coura tem sido, nos últimos dias, notícia não pelo festival, como é costume, mas pela decisão dos professores do Agrupamento de escolas.
Uma coisa é o bairrismo com que estas questões são abordadas, e outra coisa é a interpretação estrita da lei, e sobretudo do que se pode entender por autonomia da escola. Invoca-se quando convém e despreza-se quando não interessa.
A este respeito, e para saber quem tem razão, leia-se calma e friamente o Decreto-Lei n. 75/2008 e procure-se saber o que é realmente um plano anual de actividades. Um projecto e tão-só!
Depois, e se a calma ainda persistir, e se as competências dos órgãos forem realmente respeitadas, por todos, incluindo pelo Ministério da Educação, bem com pela Associação de Pais, tente-se saber o que são actividades lectivas e de que modo tais actividades são diferentes das actividades de complemento curricular.
É fácil, basta bom-senso.
Apetece dizer: é Carnaval ninguém leva a mal... mas a questão é suficientemente reveladora dos caminhos tortuosos da autonomia das escolas.

Sombras e imagens



"A sombra das Casas".

Um magnífico livro, com texto de Jorge Pereira de Sampaio e fotografias de Rui Luís Romão, publicado pela Câmara Municipal de Paredes de Coura.
Sombras de memórias vividas no presente, testemunhado o lado mais afidalgado de Coura.
O tempo fragiliza poderes e produz sombras em espaços que ganham musgo e rugas, mesmo que projectadas sobre o granito das casas senhoriais.

fevereiro 08, 2009

Mesmice eleitoral

Mesmice: significa mesmeidade ou falta de variedade. Servem estas palavras, pouco utilizadas no dia-a-dia, para dizer que tudo continua na mesma, ou que tudo pode continuar tal como até aqui no reino político de Paredes de Coura.
No excelente trabalho que o Notícias de Coura realizou numa edição recente, os actuais Presidentes de Junta de Freguesia disseram, a propósito da sua recandidatura, “não sei”, embora a maioria venha a dizer “sim”.São homens de grande trabalho e de grande zelo cívico, dedicando à causa pública inúmeras horas do seu tempo disponível. Prova dessa dedicação é que são poucos os jovens que decidem - e ainda há algumas excepções, para falar nos exemplos de Porreiras, Vascões, Bico e Cunha - avançar com uma candidatura, preferindo orientar o seu tempo para outras direcções. Espero que muitos destes homens, e infelizmente somente uma mulher, e Cossourado deve ser um exemplo a seguir por outras mulheres, se recandidatem, reforçando o seu sentido de cidadania. Para mim, estas eleições ao nível das freguesias são as mais sinceras, politicamente falando, na medida que se sabe em que se vota e em quem melhor pode desempenhar o cargo.
A mesmeidade pode aplicar-se também às eleições para a câmara municipal. A ruptura política pode acontecer, e a crer nas palavras fundamentadas do director do Notícia de Coura, não pelo lado do PS e do PSD mas por uma candidatura independente.
Digamos que seria interessante, sobretudo se vier de quem mais tem dado a cara na assembleia municipal, sempre em defesa de um programa e permanentemente remando sozinho em águas muito agitadas.
Já agora, por que não uma candidatura afecta ao Bloco de Esquerda? Também seria interessante, sobretudo depois do desaparecimento do CDS/PP. Apesar de ter trabalho realizado, apesar de ter dedicado o melhor de si ao concelho, apesar, ainda, de pretender que outros apareçam, porque não é dos que ficam eternamente no poder, acredito que Pereira Júnior se recandidatará. Poderei dizer, sem incorrer em inverdades, que há muitos courenses a seguir esta minha convicção.
Tal como uma moeda tem duas faces, e uma não existe sem a outra, assim Coura e Pereira Júnior tem uma forte relação de cumplicidade. E todos o sabemos, mesmo que digamos que há outras pessoas, que há outras ideias e que há outras vontades. Mesmice para o PSD. Tudo indica que o candidato dos últimos eleitorais (e quantos são?) irá novamente a votos. Raros são os casos em que a persistência resulta em vitória, sendo necessário recordar que os eleitores não são benevolentes para com os eternamente derrotados.
Mesmice ou mesmeidade nas eleições que se avizinham, decerto em Outubro de 2009, o que não significa paragem no tempo ou falta de novas ideias. A mudança faz-se, de igual modo, com os que estão, com os que corajosamente se candidatam, dando o melhor de si e aceitando os cargos como uma missão pública e cidadã.

janeiro 31, 2009

Trasnporte de alta velocidade


A resolução do Conselho de Ministros nº 10/2009, de 27 de Janeiro, põe o preto no branco, depois de tanta discussão, o futuro transporte ferroviário de alta velocidade.
No traçado Braga-Valença, Paredes de Coura figura no traçado, bem perto do actual traçado da auto-estrada.